Escrevo porque sim...

Escrevo porque sim. Porque... sim.
Tenho sempre alguma coisa para dizer, e digo que não sou feliz.
Não sou feliz porque sou determinado por uma miscelânea de pré-conceitos; por uma cacofonia de informação que sem eu querer ela invade a minha caverna ontológica.
É terrível perceber que não sou eu quando sou; quando julgo que sou no momento que sou.
As palavras que vomito são o ruminar de muitas gerações; não são minhas, mas no entanto ruminei... ruminei porque sim; ruminei porque é assim que devemos ser.
Dever ser...
... Gostaria de fugir; voltar para a montanha e não sair de lá.
Gostaria de não ter nada para dizer; não dizer o que me faz ser assim; é um modo de ser...
Sinto que o meu sangue está viciado, que me move por planos de realidade menos sóbrios. É este sangue que me corrompe; que me dá a conhecer a monstruosidade. Esta é desvelada por o que de mais instintivo há.
Gostaria de não ter este sangue... ele não é meu, não me pertence. Ele é pré-determinado, pois não desejava que assim fosse.